
Foi nesta época, por exemplo, que o mercado recebeu a primeira das publicações a causar a maior revolução editorial: a Marie Claire, magazine francesa lançado em 1937, com capa e diagramação mais agradáveis, e nome pessoal. Então, chega a II Guerra Mundial e, para entreter a população, lançam-se as fotonovelas, histórias desenvolvidas através de fotografias e textos curtos. Anos depois, o mundo é abalado pela ousadia de Hugh Marston Hefner que lançou, em 1953, a sua Playboy, considerada a melhor e mais gostosa revista masculina. Neste mesmo período, nasceu a Time, a primeira revista mensal de informação com um bom trabalho de pesquisa e apuração sobre acontecimentos do mundo todo.
Era o surgimento do processo de segmentação das revistas, que foi se adaptando, cada vez mais, aos perfis dos seus públicos, ganhando força no mercado editorial e evoluindo, com o passar do tempo para o modelo atual, que abrange veículos de assunto especializado (profissional e não profissional) e aqueles especializados em público (comportamento e generalidades). Hoje, são cerca de 65 mil títulos espalhados no mundo, que discorrem sobre diversos assuntos, mas mantém o mesmo foco das publicações de outrora: trazer informação e entretenimento para o leitor.
As revistas especializadas nunca estiveram tão em voga quanto agora. Atualmente, este universo é dividido entre dezenas de segmentos (como economia, moda, decoração, saúde, jardins, informática, propaganda e bordo), fora aquelas dirigidas especificamente a homens, mulheres e adolescentes das classes A e B (“revistas de comportamento”). Além de poder de compra, esses públicos – que só começam a ter interação com os veículos a partir dos 15 anos e que lêem – têm instrução para manter o hábito da leitura e, assim, o mercado. Por isso, a grande maioria das revistas é pensada com o objetivo de fazer o produto certo para o público certo e atingir uma circulação significativa, para defender o interesse dos anunciantes.
Assim, visando interesses pessoais e representando as “posturas sexuais” de seus leitores, o produto tem conquistado nichos de mercado, antes nunca trabalhados como o público gay, por exemplo, que, até algumas décadas atrás, vivia num submundo fechado. Hoje, derrubados os muros do preconceito, conquistaram espaço na mídia com revistas próprias como a americana The List e a italiana King, depois de figurar em capas dos principais periódicos do mundo – como K.D. Lang, na Vanity Fair, em 1993.A revista de comportamento conseguiu se sedimentar no mercado editorial mundial, diferenciando-se dos demais meios pela sua capacidade de apreender as mudanças da sociedade, de forma instantânea, e criar novos conceitos de comportamento. Hoje, o periódico ocupa um papel importante na comunicação e continua crescendo, apesar das crises econômicas dos tempos modernos e do surgimento de novas mídias (como a internet, a tv interativa e o papel digital).

