
Com as análises de informações, pesquisa e dados sobre perfil do internauta, esse mar realmente não parece ter fim, segundo os especialistas, que reafirmam que cada vez mais o SMM trará novos horizontes e, com eles, novos benefícios diretos. “Temos ferramentas como Analytics, que mostra com detalhes o trafego do seu site, quais palavras geram mais visitas, quais páginas são mais visualizadas, tempo de navegação, navegabilidade da página, todo envolvimento de WEB Analyticis se consegue com o Google Analytics. Temos o Google Trends que dá uma visão de como se comportam a busca por determinados termos, períodos sazonais com maior índices de pesquisa, comparação com marcas concorrentes para entender como é o seu posicionamento e de outras marcas em outras regiões do país e do mundo, ferramentas de monitoramento que hoje proporcionam um acompanhamento em tempo real de citações a sua marca, e o Google AdPlanner que mostra quais páginas web são interessantes para serem utilizadas na sua campanha, quais negociam anúncios tradicionais e quais recebem peças da Rede Display do Google Adwords. Todo esse processo ainda é muito pouco usado em nosso mercado, falta integração dos diversos canais das agências com profissionais especializados neste segmento de SEM”, pontua Rogério Angelim, gerente de marketing e planner digital da Imobiliária Eduardo Feitosa.
Da mesma forma, ainda há uma série de estratégias e ferramentas interessantes que ainda são pouco usadas no mercado de propaganda e que estão relacionadas a outras formas positivas de otimizar a comunicação. “Usar várias plataformas para contar uma história por exemplo é uma estratégia que está crescendo, que é o transmidia storytelling. Acho que tudo tem que está conectado. A campanha de links patrocinados tem que está falando a mesma língua que a de BackBus. As palavras chaves da empresa que serão usadas para a otimização têm que ser condizentes com a missão, a visão e os valores dela. Tudo tem que estar em harmonia. Existem outras estratégias, que já foram usadas por grandes marcas. O QR-Code já está bastante disseminado. A realidade aumentada, por exemplo, que envolve bastante programação e é bastante caro, é uma estratégia muito legal, que é a sobreposição de objetos virtuais tridimensionais, gerados por computador, com um ambiente real, por meio de algum dispositivo tecnológico. Em vários lugares de Londres é possível ver isso já. Por exemplo, é possível ver partes do filme Notting Hill usando um aplicativo, ou ver as cenas de gravação de Harry Potter”, ressalta Ludmilla Veloso, sócia fundadora da Freeck Digital Marketing (www.freeck.ag).
Ao redor do mundo, essas iniciativas estão ganhando força e fazendo sucesso pelo diferencial da proposta, mas deve-se reforçar que elas não são válidas pelos números de seguidores e sim por fatores mais importantes: a mensuração por importância. “Audiência não é influência, e número de seguidores não é métrica de avaliação de ações em redes sociais se não vem acompanhada de algum grau de interação. A Sociologia estuda as redes sociais há mais de 70 anos, e ao longo deste período é possível identificar que todas as redes possuem a presença de dois “atores” relevantes: os centralizadores e os conectores”, especifica Marcelo Coutinho, diretor de inteligência de mercado do Portal Terra.
Por isto, em cada passo do processo, a mensuração (ou monitoramento) é um fato imprescindível, que está no patamar de importância junto com a otimização de páginas, geração de conteúdo e webanalytics. “Tudo que é mensurável, deve ser monitorado e avaliado, por ferramentas como o Google analytics e o Click Tale. É importante ter uma pessoa centrada em mensuração, caso a empresa tenha verba para tal. Essa pessoa se paga facilmente, pois ele é analista de métricas”, diz Conrado Adolpho,
consultor de marketing digital brasileiro.
Realmente, monitorar é fundamental no meio disto tudo, pois é com a avaliação que o processo pode seguir em frente, uma vez que ele está relacionado a todos os passos do desenvolvimento do trabalho. E para tal existem também inúmeras possibilidades. “Há diversas ferramentas pagas e gratuitas para este monitoramento. Recomendo sempre que as empresas comecem utilizando as ferramentas gratuitas, para entender quais são as variáveis importantes em seu ambiente, e a partir daí escolher ferramentas pagas com o grau de customização adequado para suas ações”, comenta Coutinho.
Contudo, deve-se atentar para as formas de trabalhar o monitoramento, pois ela envolve diversas questões diretas e indiretas relacionadas: esteja o projeto envolvido em conteúdo informativo ou publicitário. “Monitorar e mensurar são as palavras mais indicadas dentro desse contexto, um acompanhamento análitico em todas as ações realizadas seja nas redes sociais, SEO ou SEM (Search Engine Marketing), é necessário um acompanhamento de todas as ações, bem como seus resultados. Todos esses processos são cíclicos, isto é, tem apenas um início que se repete por diversas vezes, em busca dos melhores resultados”, destaca Natanael Oliveira, sócio-diretor da Nordeste SEO.
E a coisa não pára por aí. Se saber como trabalhar hoje está difícil, mais na frente ficará mais difícil ainda, pois ainda há um “new world to discovery” (um novo mundo para descobrir) e, por isto, o profissional que almeja trabalhar com o marketing nos ambientes digitais precisa entender seus princípios fundamentais. “Retarget ainda é pouco utilizado. As novidades estão ligadas a redes sociais, principalmente com cruzamento de dados, de informações, para traçar perfis mais detalhados. A parte mobile também contribuíra com o marketing digital e propaganda”, destaca o consultor Sérgio Aksh.
Mas, uma certeza é importante que o mundo da comunicação como a conhecemos não volta mais, diante do novo quadro que encontramos. “Saber o que vem de novo está fora do meu alcance. Acho que o meio digital ainda vai roubar uma bela fatia de mercado de meios convencionais, mas essa história de publicidade digital e publicidade convencional como entidades separadas deve acabar em breve. Publicidade é feita para gente, e não existe gente digital e gente convencional”, comenta o diretor de criação da Fishy, Ely Menezes.
Mas, o fato é que as novidades não só irão contribuir para o futuro, como trarão nova perspectivas para o marketing e a propaganda, proporcionando um casamento que renderá ainda muitos frutos. “Estamos vendo, inclusive no Terra, um crescimento explosivo do uso de dispositivos móveis, que vão exigir uma integração ainda mais acentuada entre as ações de comunicação em geral e as redes sociais. E o crescimento das TVs conectadas, que deve explodir a partir de 2014 com os grandes eventos esportivos no Brasil, vai aprofundar ainda mais este processo”, frisa Coutinho.
* Parte de matéria de capa sobre Marketing Digital, produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Agosto/ 2012, número 149.

