O poeta Laerty Antunes sempre fala “Enquanto existir um homem e sua incansável busca pelo conhecimento, a educação sobreviverá”. Podemos encaixar esta frase perfeitamente na trajetória e no perfil do jornalista Rhaldney Santos, apresentador do Jornal da Tribuna, veículado às noites, de segunda a sexta, na emissora Tribuna (Canal 04), afiliada da Band, em Pernambuco. “Estou feliz com o trabalho na TV Tribuna, vamos crescer ainda mais esse ano. A relação com a BAND está cada vez mais forte e os trabalhos em rede nacional são sempre bem vindos”, diz orgulhoso.
O profissional, que atua na área de jornalismo há mais de vinte anos com muita determinação, iniciou sua rota no mercado muito cedo e alcançou muitas conquistas com projetos próprios que refletem seu compromisso com a carreira. “Tinha 17 anos quando comecei como locutor em uma rádio em Natal (Rio Grande do Norte). Logo fui convidado para trabalhar em Fortaleza, e depois vim para o Recife à convite da Rádio Cidade FM. Era muito jovem e a falta de experiência de vida e o afastamento familiar junto com a saudade, incomodou-me por muito tempo”, lembra.
Nos anos 80, Rhaldney ganhou voz na mídia radiofônica como “O comunicador dos corações” devido ao programa “Um toque de Amor” da Rádio Cidade (atual Jovem Pan), lançando mão do bordão “Onde bate o coração, Rhaldney Santos na comunicação”. Na atração o apresentador traduzia as principais músicas românticas internacionais. “As traduções faziam parte de um quadro dentro do programa. E sem dúvida era um grande sucesso”, afirma. Mas, este romance com o rádio não ficou só aí. Posteriormente, o locutor seguiu ainda para a Manchete e comandou o “Manchete Romance”, “Momentos de Amor” (na 103 FM) e o “Falando de Amor (na JC FM).
Uma trajetória que proporcionou os vôos mais altos que conduziu na comunicação, um caminho reconhecido pelo público e pelo mercado não só vinculada ao rádio nesses vários anos. Essa experiência de apresentação desses programas foi uma grande lição para Rhaldney, que tinha contato direto e ao vivo com os ouvintes. Assim, conquistou uma legião de fãs que admiram seu trabalho e o adoram. “O que posso dizer além de muito obrigado e tratar com respeito e gentileza a todos?”, comenta. E consequentemente o profissionalismo e a credibilidade trouxeram o carinho do público e oportunidades de realizar diversas concretizações. “Foi um caminho natural. Já trabalhava como locutor em rádio e senti a necessidade de buscar mais qualificação para avançar na área da comunicação”, destaca.
Com isso, o profissional dividiu o seu tempo de carreira com a formação universitária para ter a preparação completa para ampliar todos os esforços no cenário. Essa vontade de trabalhar na área de jornalismo surgiu de forma natural, pelo fato de já gostar de comunicação e atuar em rádio desde muito jovem. “Me tornei jornalista porque senti a necessidade de buscar mais qualificação para avançar nos meus objetivos”, salienta. Desta forma, ganhou cada vez mais credibilidade e destaque no mercado jornalístico, atuando em rádio e TV e dividindo espaço com nomes de renome como Graça Araújo, ao lado de quem passou em 1990 a apresentar o “TV Jornal Meio-Dia” na TV Jornal.
“Comecei na bancada do TV Jornal Meio Dia, dividi a apresentação do programa com os colegas Graça Araújo, Geraldo Freire, Carmem Peixoto e Alex, que fazia o colunismo social. Um time de primeira linha. Hoje continuo trabalhando com profissionais de destaque no cenário local. A TV Tribuna é uma casa muito bem dirigida, é excelente trabalhar sob a orientação de Elisa Cavalcante, fazendo hard news, ela entende muito de jornalismo. É um aprendizado diário e gratificante”, comenta. A nova parceria com emissora apenas amplia uma relação que começou há tempos quando o jornalista deixou a TV Jornal para dar encaminhamento ao seu “O Melhor do Nordeste”, empreendimento semanal e gravado, realizado através da sua produtora Expressão Comunicação.
“O programa surgiu no final de 2000, quando voltei para Recife após uma temporada entre Portugal, Espanha e Inglaterra, onde morei em Londres e trabalhei para a embaixada do Brasil, além de escrever para uma revista brasileira que circula na terra da rainha. Sou muito feliz em poder fazer um programa que valoriza nossas raízes”, enfatiza Rhaldney. E não é para menos. Primeiro programa de tv exibido integralmente no Facebook e em canal aberto pela Tv Tribuna/ Rede Band, a investida vai ao ar pela manhã todos os sábados e tem rendido boas cenas e uma audiência diferenciada que orgulha seu idealizador. “Temos uma audiência bem qualificada, segmentada no público AB acima de 20 anos. Temos bons parceiros que investem no programa e seguem satisfeitos com o retorno. O programa valoriza o Nordeste mas não é bairrista nem só regional. Sempre que podemos saímos a passear por aí, até com viagens internacionais. Costumo dizer que nós globalizamos, mas não perdemos o sotaque”, ressalta.
Com esses 15 anos dedicados à TV, Rhaldney se tornou uma figura ainda mais conhecida, mantendo presença cativa como âncora e conciliando todos os projetos que mantém hoje, e com a carreira com a vida pessoal, pautada nesta diversificação e nesta característica multifacetada. “Adoro ficar em casa com a família. Tenho um filho de 23 anos e duas meninas, uma com 7 e outra com 2 anos. Estar com minha mulher e filhos é meu passa tempo preferido. A família é minha prioridade”, destaca. Uma agenda que começa logo cedo com a dedicação ao trabalho na produtora e seguida ao expediente na TV Tribuna às 13h. “As vezes tenho reportagens a noite, mas tudo está funcionando bem assim”, complementa.
A variação entre rádio e na televisão foi uma lição fundamental e conduziu a carreira na comunicação, diferenciando seu caminho em um mercado duro e bastante concorrido, seja em um ou em outro meio. Apesar de serem mídias irmãs, têm suas distinções perfis de públicos, técnicas e características próprias com as quais o jornalista aprendeu a se sobressair com tranquilidade com o passar do tempo. “O tempo da locução ou narração para o rádio e a televisão são bem diferentes, cada qual com suas características. Mas, hoje percebo que a escola que é o rádio muito me ajudou para a TV. Noto no mercado que o profissional que fez bem o rádio, tem mais desenvoltura também na TV”, enfatiza Rhaldney.
Uma questão que traz uma série de reflexões sobre o perfil do profissional nos dias de hoje, na opinião do apresentador, e não para menos. Afinal, com a chegada da internet, os meios tradicionais sentiram um impacto, principalmente o jornal impresso. E isso em meio a preconização do possível fim do meio diário. “Os impressos estão se ajustando à nova realidade. A mudança é inevitável. Concordo que quem melhor se adaptar vai sobreviver e pode até nos surpreender”, diz Rhaldney que acredita que é preciso saber como se posicionar neste novo cenário, especialmente no começo de carreira. “Não querer aparecer ou ser mais importante que a notícia que estamos cobrindo ou pessoa que estamos entrevistando é fundamental”, aconselha o experiente profissional.
* Matéria produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Março/ 2016, número 191
