Novas plataformas e apps contribuem para melhorar integração do consumidor sobre a marca. O mundo da aplicativação apresenta vários tipos de aplicativos mobile. Os aplicativos de serviços fornecem informações e conteúdo de modo simplificado e ágil, e entre os quais estão aqueles que ajudam com a previsões do tempo, navegação de mapas ou até solicitar um resgate a seguradora do seu carro, por exemplo. Há os de informações com acesso a conteúdos atualizados em tempo real ou que têm utilidade permanente (como guias de compras/lojas, telefones úteis, promoções, consulta de produtos, entre outros).
Temos ainda os de comunicação, que permitem a conexão entre pessoas (como o Skype, MSN, e de integração com as redes sociais). E naturalmente existem os de entretenimento que são destinados para diversão, e que integram os de jogos, também. E todos esses se tornaram aliados do processo de comunicação entre consumidor e marca, e da própria relação de consumo com as empresas. “Recentemente, comprei roupas e assessórios em menos de vinte minutos. No Instagram, a marca disponibilizou o seu catálogo oferecendo frete grátis – um grande filão para compras on-line. Entrei em contato pelo whatsapp, passei dados do cartão de crédito, endereço da minha casa e em menos de uma semana recebi a mercadoria de uma empresa de Fortaleza-CE”, comenta o consultor de marketing, André Luna (PE), que acredita que toda estratégia neste caso atinge assim seus objetivos quando envolvem projetos inovadores ou diferenciados que atraem a atenção e conquistam o público do começo ao fim. “Se bem utilizadas, as novas tecnologias otimizam e apresentam uma nova forma de se fazer negócios. Segurança? É um risco! Mas no que diz respeito as redes sociais, tenho ao mesmo tempo todas elas a meu favor. É só visitar o site Reclame Aqui ou no Facebook fazer a sua consideração, e pronto. O BUZZ se encarrega de acontecer! Nenhuma marca séria vai querer ter o seu nome jogado na lama na internet”, lembra.
Afinal, o que todo cliente deseja é ser impactado, envolvido e respeitado por aqueles com quem se relaciona. Mas, antes de tudo, a conveniência valerá ouro e as marcas que pensarem desde aplicativos que poupem tempo aos que coloquem os consumidores no controle, tornam-se os mais amados. “Quando uma marca pensa em tecnologia, tem que pensar tecnologia como meio e não como fim. Quer dizer, tecnologia que melhore a experiência do cliente, porque melhorando a experiência com o cliente, ele vai gostar de se relacionar com a marca, se tornar fã, etc”, enfatiza o consultor Fred Alecrim, palestrante da Ponto de Referência (RN), que acredita que melhorar a experiência com o cliente é colocar a pessoa no centro do negócio.
Para ele, atualmente as novas tecnologias tem feito um papel cada vez mais importante. Sua função é a de tornar a vida das pessoas melhor, e com isso a tendência é aumentar cada vez mais, então, o crescimento de vendas de produtos de tecnologia (especialmente de smartphones e tablets). “A aplicativação que é a cativação das pessoas através de aplicativos sejam eles nativos sejam web, ou seja, hoje o contexto, o cenário no Brasil é muito favorável a que as pessoas tenham smartphones (porque eles estão mais baratos, estão mais acessíveis), e eles tem pacotes de dados nesses smartphones nos quais podem ter aplicativos com os quais podem se comunicar com as marcas e não é mais questão só de ser classe A”, reforça Alecrim.
O especialista destaca uma tendência importante que ele gosta de chamar de mobilização (que vem do mobile), que é a mobilização dos negócios. “Ou seja, cada vez mais os negócios perceberam que o novo cliente está conectado 24h em sete dias da semana, e uma forma de tornar a vida deles melhor e mais fácil é criar canais diversos para que o cliente se comunique com ela, com a marca, da forma que lhe for mais conveniente”, lembra. E dentro dessa perspectiva há várias propostas que ajudam a ilustrar isso. “Temos aplicativos como o do Starbucks nos Estados Unidos que já tem, por exemplo, 8% de suas vendas realizadas por aplicativo – é um case bem-sucedido no mundo do varejo -, então, os clientes baixam o aplicativo gratuitamente do Starbucks, e nele podem comprar o café, customizar o café, dar gorjeta ao barista, pagar e pegar sem entra na fila. É o mobile hour-and-pay, então, isso aí gera mais conveniência aos clientes porque gera mais agilidade, evita filas e é isso que as pessoas querem. Então, hoje eu compro uma marca, me conecto com uma marca se ela fizer algo para o meu bem, facilitar minha vida”, enfatiza.
* Parte de matéria produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Julho/ 2015, número 183
