
Todo o histórico de dados desenvolvidos ou repassados de uma pessoa para outro é o reflexo disso. Mas, só percebeu-se isto agora porque vivemos sob os benefícios da banda larga que possibilitou maior tráfego e interação maior entre as pessoas, online, de qualquer parte do mundo. E, por isto, hoje, encontrabilidade é um dos grandes perfis das mídias sociais, porque as pessoas querem ser encontradas e encontrar pessoas e coisas pela rede. “69% das pessoas impactadas por boas ações fazem busca na sequência. E a única plataforma que mostra o que as pessoas querem a cada momento é a digital”, destacou.
E aponta que isto só reforça a mudança de comportamento das gerações, na qual passamos de telespectadores para multi-tela e agora somos teleinterativos. E, desta forma, informa para os críticos que acham que o universo digital não é positivo para as pessoas que a produtividade, a busca do conhecimento e os valores não são pautados pela rede. “Alienação vem do que você faz quando está conectado. E, por isto, não adianta discutir se estamos on ou off, pois o que estiver fazendo indica conectividade, porque estamos todos mais integrados, de alguma forma”, aponta.
E, em meio as discussões, cinco pontos são importantes para a conceituada especialista: conteúdo, transparência, influência, pertinência e relevância. Elas pautam ações fundamentais tanto para as ações de marketing como as de atuação digital: desenvolvimento e gerenciamento de conteúdo, monitoramento, marketing de busca e gerenciamento de crise, por exemplo. “Não existe estratégia de marca sem história. Não existe história sem conteúdo. Se você ceder à tentação de só postar conteúdo popular, vai acabar com sua marca. O ideal é o equilíbrio”, disse. E lembrou que o mais essencial são as pessoas. “A evolução das redes sociais acompanha a evolução das tecnologias de comunicação interativa. Tudo está relacionado a plataformas (espaços), mídias (conteúdo) e redes sociais (pessoas), que são coisas distintas que se complementam. Redes sociais são pessoas com interesses em comum. E existem dois tipos de laços nas redes sociais: os fracos e os fortes. Os laços importantes são os laços fortes, que têm ser cultivados com o tempo. Mas, os conhecidos também agregam muito e são estes que, muitas vezes, geram capital social – poder dentro de um determinado grupo. Para que ele cresça é preciso ter boa reputação, influência, interação”.
* Matéria produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Agosto/ 2012, número 149.

