
Na opinião deste especialista, as empresas ainda estão aprendendo a usar e, desta forma, é importante entender os conceitos deste “novo mundo” e o seu mar de possibilidades, que congrega diversas ferramentas à mão. “Primeiro deve-se entender para que serve cada ferramenta. Adwords é muito bom para geração de tráfego. Twitter é excelente para marketing direto em ambiente digital e o Facebook é ótimo para desenvolver conversas. Só depois disso criar comunicações adequadas para cada ferramenta. Links Patrocinados vem crescendo muito e ainda tem muito a crescer. Ao contrário de outras mídias, eles permitem uma mensuração clara de retorno e este é da ordem de 10 x 1, no mínimo para e-commerce. Para serviços, os retornos podem ser da faixa de 400 x 1 (R$400 de retorno para cada R$1 de investimento). O Adwords e o AdSense também são excelente opções. Rede display (Adsense) é uma ótima maneira de atingir o consumidor quando ele está procurando com alguma informação relevante, mas é importante lembrar que o comportamento dele nesse momento é bem diferente do comportamento dele em uma página do Google ou em uma rede social. Não se deve usar o mesmo anúncio”, frisa o consultor Conrado Adolpho.
Falando assim, parece muito fácil optar pela estratégia e ferramenta adequada para a proposta. Mas, as coisas só parecem simples. “Cada um dos serviços têm estratégias e prazo de retorno. O Adwords é a plataforma de links patrocinados do Google e é uma estratégia de curto prazo, com retorno também de curto prazo. A partir da ativação da campanha é possível já ver resultados. Adsense é um programa de exibição de anúncios para websites. Os donos dos websites recebem retorno financeiro por deixarem o espaço disponível para propaganda de outros. O Adsense é uma estratégia de curto, médio ou longo prazo, o retorno é de curto prazo. Facebook e Twitter podem ser usados como SAC. São ambientes que propiciam conversa e aproximação cliente-marca. O Twitter tem a particularidade de ser uma rede muito rápida, por isso a resposta tem que acompanhar a velocidade de postagens”, lembra Ludmilla Veloso, sócia fundadora da Freeck Digital Marketing (www.freeck.ag).
Bastante populares hoje, os reis da festa – Facebook e Twitter – andam sendo muito aproveitadas e realmente são mais do que oportunas para as marcas e agências de propaganda. “Acho muito mais pertinente, viável e com resultado positivo trabalhar ações onde seja interessante apresentar um novo produto, uma nova embalagem, envolver as pessoas na dinâmica da promoção, motivando-as a executarem ações que sejam feitas de forma espontânea e não apenas um clique no CURTIR ou um RETWEET numa frase. Devo mostrar que a interação que eu solicito a elas é algo que vai trazer muito mais do que a possibilidade de ganho de algum brinde, mas que ao ter esse momento comigo (empresa) o internauta nos meios digitais estará tendo uma relação de exclusividade, aquela coisa que traz sensação”, destaca Rogério Angelim, gerente de marketing e planner digital da Imobiliária Eduardo Feitosa.

Mas, muitas vezes, as atividades nessas ferramentas giram em torno de um belo conteúdo, em primeiro lugar, e depois mídia e mecânicas promocionais. “Percebo muitas promoções cujo objetivo é o acúmulo de fãs, mas sem a intenção de gerar um engajamento real com a marca. Acredito nos concursos como forma de gerar engajamento, mas criar relacionamento e histórias nas redes é muito mais importante. Mas, a busca ainda é fundamental na rede e, ao contrário do que muitos pregaram, ela evoluiu e tirou proveito das redes sociais. Os resultados também variam de acordo com os objetivos dos clientes, mas gosto da comparação dos links com um atirador de elite. A segmentação por intenção na busca é muito interessante”, diz Guilherme Rios, diretor da Social Agency.
Essas iniciativas fazem sucesso pela interação que proporcionam ao grupo, trazendo outros benefícios para a pessoa. “De forma geral, ações que envolvem competições e imagens mexem com duas questões básicas das redes sociais, e não apenas digitais: a gratificação emocional que as pessoas possuem ao participar de alguma forma de jogo com premiação e a visibilidade do indivíduo em um determinado grupo social. Não tenho nenhum estudo mais estruturado, mas observamos que as ações com maior repercussão costumam envolver estes dois elementos”, comenta Marcelo Coutinho, diretor de inteligência de mercado do Portal Terra.
* Parte de matéria de capa sobre Marketing Digital, produzida pela jornalista Ivelise Buarque para a Revista Pronews, edição de Agosto/ 2012, número 149.
